sexta, 06 de junho de 2025
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Dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta sexta-feira (6/6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que em Mato Grosso do Sul, a religião católica segue como predominante.
São mais de 1,2 milhão de pessoas que declararam a preferência, percentual de pouco mais de 60% da população.
Apesar disso, a religião apresentou redução no comparativo de 2010. Na época, o Censo mostrou 1.240.489 católicos, enquanto neste mais novo levantamento, foi registrado 1.219.677.
Em contrapartida, os Evangélicos têm ganhado espaço no Estado, seguindo o mesmo ritmo do Brasil, com os fiéis saltando de 533.402 para 763.096 em 12 anos [veja comparativo abaixo].
Já aquelas pessoas que se declararam sem religião somam 210.472, enquanto espíritas são 39.526. Mais de 14 mil responderam Umbanda e Candomblé e 2,1 mil, tradições indígenas.
De acordo com a analista responsável pelo tema, Maria Goreth Santos, muita coisa precisou ser modificada dentro do Censo desde o início da contagem por religião.
“Em 150 anos de recenseamento de religião, muita coisa mudou no país e na sociedade como um todo. Em 1872, o recenseador deveria assinalar cada pessoa como ‘cathólico’ ou ‘acathólico’, conforme grafia da época; não havia outra opção de religiosidade”, explica.
“Além disso, a população escravizada era toda contada como católica, seguindo a declaração do senhor da casa”, diz.
Hoje, as informações sobre religião no Brasil contemplam variados grupos e subgrupos. “As transformações sociais têm resultado em modificações na metodologia do Censo ao longo de todas essas décadas. Códigos, banco descritor, estrutura classificatória e incorporação de novas declarações religiosas foram sendo necessários para retratar a diversidade religiosa no Brasil da forma mais fidedigna possível”, afirma.
