A infraestrutura urbana de Mato Grosso do Sul apresenta avanços significativos em relação à circulação de pedestres, com 84,13% da população residindo em ruas com calçadas ou eios, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022. Isso equivale a 2.016.930 pessoas em todo o estado. Esse número coloca o estado na 12ª posição no ranking nacional, atrás de regiões como o Distrito Federal, que lidera com 92,9%, e Goiás, com 92,64%. O Amapá ocupa a última posição, com apenas 57,1% da população vivendo em ruas com calçadas.
Embora o percentual geral seja considerado elevado, a realidade é desigual entre os municípios de Mato Grosso do Sul. As cidades de Chapadão do Sul e Antônio João se destacam com índices altíssimos, com 99,90% e 99,85%, respectivamente. No entanto, municípios como Guia Lopes da Laguna e Bela Vista apresentam uma situação preocupante, com apenas 27,80% e 28,73% da população tendo o a ruas com calçadas. A capital, Campo Grande, apresenta um percentual de 85,44%, ocupando a 37ª posição no estado.
Além da presença de calçadas, outro dado relevante da pesquisa revela os desafios enfrentados pela população em termos de ibilidade. Um obstáculo comum nas calçadas é a presença de elementos que dificultam a circulação, como buracos, desníveis, vegetação invasiva, mobiliário urbano e entradas de estacionamento irregulares. Esses fatores podem representar um risco significativo à integridade dos pedestres, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos, gestantes, pessoas com deficiência e crianças.
No estado, apenas 23,39% da população vive em ruas com calçadas livres de obstáculos, um total de 560.603 pessoas. Isso coloca Mato Grosso do Sul na 6ª posição nacional, com o Rio Grande do Sul liderando essa categoria com 28,7%. O Maranhão, por outro lado, apresenta o menor percentual, com apenas 4,6% de suas vias calçadas livres de obstáculos.
Em termos municipais, Costa Rica se destaca com 59,64% de suas vias calçadas livres de obstáculos, seguida por Antônio João, com 50,96%. No entanto, municípios como Bandeirantes e Dois Irmãos do Buriti apresentam números alarmantes, com apenas 0,62% e 0,61% das ruas livres de obstáculos.
A situação exige uma atenção maior das autoridades municipais e estaduais para garantir não apenas a presença de calçadas, mas também a manutenção da ibilidade, que é fundamental para uma mobilidade urbana segura e eficiente.