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PESQUISA

Puxado pelo tomate, preço da cesta básica sobe quase 3% em Dourados

09 junho 2025 - 08h08Por Redação

O preço da cesta básica em Dourados voltou a subir no mês de maio, registrando aumento de 2,64% em comparação com abril. O levantamento foi realizado pelo Projeto de Extensão Índice da Cesta Básica, do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de istração, Ciências Contábeis e Economia (FACE/UFGD), com dados coletados na última semana de maio e primeira de junho.

Segundo o estudo, os produtos que compõem a cesta básica seguem a definição do DIEESE e da Lei nº 399, que considera os itens essenciais para o cálculo do salário mínimo: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate.

Em abril, o custo da cesta ficou em R$ 720,03, o que representava 47,43% do salário mínimo vigente (R$ 1.518,00). Já em maio, o valor subiu para R$ 739,03, ando a comprometer 48,68% do rendimento mensal do trabalhador.

Dos 13 produtos analisados, nove apresentaram alta nos preços, com destaque para o tomate, que subiu 11,81%. Também tiveram aumento: arroz (5,32%), carne (4,50%), café (1,60%), óleo de soja (1,48%), pão francês (0,91%), feijão (0,43%) e margarina (0,20%). Café e pão francês, inclusive, registram elevações pelo terceiro mês consecutivo.

Por outro lado, quatro itens apresentaram queda: batata (-5,71%), banana (-5,24%), farinha de trigo (-4,00%) e açúcar (-3,49%).

A pesquisa aponta que o mês de maio marcou o quinto aumento consecutivo no preço da cesta básica em Dourados. No acumulado do ano, a alta já chega a 13,10%, o que preocupa especialistas.

Entre os fatores de impacto estão o preço da carne e do tomate, produtos com forte peso na composição da cesta. Além disso, a variação de preços entre supermercados chama atenção.

Em maio, a diferença chegou a R$ 104,99 entre estabelecimentos, o que equivale a 13,29% do total. A orientação dos pesquisadores é que o consumidor compare preços e consulte, sempre que possível, as pesquisas do Procon municipal. Comparado à capital do Estado, Campo Grande, onde o valor da cesta em maio foi de R$ 789,42, o preço em Dourados segue menor.

Com base na jornada de trabalho mensal de 220 horas estabelecida pela Constituição, um trabalhador douradense precisou de 107 horas e 7 minutos em maio para comprar os itens da cesta, três horas a mais que em abril, quando o tempo necessário era de 104 horas e 21 minutos. Isso representa perda de poder de compra.

O DIEESE também calcula mensalmente o valor do salário mínimo necessário para cobrir despesas básicas de uma família de quatro pessoas, incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, transporte, lazer e previdência.

Em abril, o valor estimado era de R$ 7.638,62, ou seja 5,03 vezes o salário mínimo vigente. Em maio, o valor necessário ficou em R$ 7.528,56, o equivalente a 4,96 vezes o mínimo atual.